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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Barra pesada



A nave reduziu a velocidade e parou no meio do nada, não se via nenhuma estrela, nenhuma luz, nenhum calor, só trevas e frio absoluto. Para fora da nave a visibilidade era zero.
     Os instrumentos da nave indicavam alguns grandes corpos celestes nas proximidades, mas nada se via, não tinham nenhuma luz, nenhum calor. Captavam um sistema semelhante a um sistema estelar, com sete planetas orbitando em volta de uma... bem o  que deveria ser uma estrela, mas não era uma estrela. Seria um enorme planeta do tipo gigante gasoso, ou seria uma estrela morta?
     A nave orbitou o gigante gasoso, depois se afastou, orbitando os demais planetas menores, mas igualmente frios e escuros. Em um deles o grupo detectou alguma sensação de vida e uma energia bastante negativa. Voltaram ao gigante central e começaram a analisá-lo. Começaram a descobrir que era um gigante gasoso do tipo de Júpiter do Sistema Solar só que muitas vezes maior e estranhamente situado no centro do sistema, no lugar da estrela, só que não era uma estrela. Algo aconteceu, a criação da estrela falhou e aquele sistema ficou completamente isolado, escuro e tremendamente gelado.
     George, o cientista da tripulação da Nave, explicou o seguinte:
     - Por nossas análises, chegamos à conclusão que durante a formação desse sistema estelar, por estar muito afastado do restante da galáxia, o astro que seria a estrela não adquiriu massa e calor suficientes para formar uma estrela e se resfriou, tornando-se uma estrela morta. Os planetas em volta, embora rochosos, tornaram-se profunda e gelada treva. Lau perguntou:
     - O que foi aquilo que detectamos no terceiro planeta?
     - As vibrações são muito frágeis em nossos aparelhos, mas emitem tênues sinais de vida.
     - A energia é muito negativa.
     - Bem! Isso nossos equipamentos não estão preparados para captar, captamos o sinal, porém não a emoção.
     - O que vamos fazer?    
     O Comandante Jean falou:
     - Sou o comandante da nave e da tripulação, porém a missão é de vocês, fomos enviados para atendê-los, portanto estamos à disposição de vocês.
     - Vamos orbitar o terceiro planeta, desta vez um pouco mais baixo.
     Sabiam que podiam volitar pelo espaço, mas as condições do planeta eram tão hostis e estranhas que preferiram utilizar o veículo de pouso da nave para descerem à crosta. Vestiram roupas e equipamentos especiais e levaram potentes lanternas.
     A superfície era extremamente gelada e escura. A energia negativa era deprimente e agora todos a sentiam amargamente. Lacrimejavam e choravam mergulhados em profundo desespero. Tobias conseguiu balbuciar entre lágrimas:
     - Pelo amor de Deus Lau! Que lugar maldito é esse?
     - Eu não sei Tobias, mas com certeza é o pior lugar que já estive em toda a minha vida.
     Isabela e Clotildes choravam muito. Não suportaram muito tempo no planeta e voltaram à nave.
     Chamaram a tripulação. O oficial de ciências explicou:
   - Este é um sistema planetário nos confins da galáxia, tão afastado que daqui não se vê, a olho nu, nenhuma estrela da galáxia.
     Tobias disse:

     - Muito bem! Não sabemos exatamente o que fazer, mas o certo é que teremos que voltar ao planeta e identificar a origem daquela energia negativa e que espécie de vida está lá.




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