Chegaram sem problemas à entrada da gruta, a tensão aumentava à medida que penetravam mais fundo em seu interior. Logo a escuridão era forte e tiveram que acender a primeira tocha. Acenderam apenas uma para economizar, a que conduzia a tocha escolhia o caminho e depois auxiliava as outras a chegar a um ponto determinado onde se reuniam e retomavam a caminhada de outro trecho. Chegaram à beira do lago, sabiam que a partir dali seria muito difícil manter uma direção para não ficarem andando sem rumo. Amarraram uma ponta da corda em uma pedra na margem e começaram a entrar na água, procuravam manter uma linha mais ou menos reta em relação a entrada da gruta, assim sabiam que estavam caminhando em direção ao outro lado da montanha.
A princípio o lago não era profundo, conseguiam caminhar com água pela altura da cintura. Aurora, que ia à frente avistou pedras e se dirigiu a elas, desviando um pouco o trajeto para a direita. Era como uma pequena ilha de pedras e o teto da caverna se tornava mais alto, dando a perceber que fora um desmoronamento do teto que formara aquela pequena ilha, marcaram cuidadosamente a direção que chegaram e a que deveriam prosseguir, depois reuniu todas e descansaram um pouco pois a travessia era cansativa.
Ao entrarem no lago
para prosseguir notaram que este se tornava mais profundo e Clotildes que
estava à frente já estava com a água pelo pescoço. Ela instruiu as outras.
— Fiquem todas próximas
e segurem bem a corda, vou amarrá-la em minha cintura e nadar um pouco, se não
conseguir achar nada para me apoiar, vocês me puxem de volta.
Nadando sempre em
frente, Clotildes encontrou um grande paredão de pedras, conseguiu se agarrar a
algumas pedras, mas não poderia subi-lo, sentiu então que a água a puxava para
a esquerda, não era um lago de água parada, havia uma corrente. Soltou a pedra
que segurava e deixou se levar um pouco pela corrente, mas sempre beirando o
paredão. Logo chegou ao final do paredão e encontrou uma pequena praia de areia
e pedras.
Amarrou bem a ponta da
corda e chamou as outras e pediu para que viessem uma a uma, pois teriam que
passar por água profunda segurando somente na corda. Quando todas chegaram,
perceberam que já não tinham mais fogo, as tochas já haviam se consumido todas,
pois a travessia estava mais demorada e difícil do que imaginaram. Guida era a
mais crítica da escolha, sempre defendera a saída pela outra montanha e
considerava um erro tentarem atravessar o pântano, defendia a ideia de voltarem
e tentar pela outra montanha. Estavam todas abatidas e cansadas o local era
bastante escuro e não viam nenhuma saída. Guida disse:
— Temos que voltar,
enquanto temos a corda, não há saída daqui.
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